quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O início

Começar é difícil, nem todos sabem por onde iniciar. Diariamente se tem notícia de crimes contra o direito e o patrimônio do cidadão, mas ninguém faz nada. Por quê?

Denúncias de superfaturamento de obras, desvios de verba, o dinheiro e o patrimônio público são tratados como se não fossem de ninguém, como se ninguém pagasse, ninguém arcasse com o prejuízo. O “homem omisso” só preza pelo seu patrimônio e mais nada. Pior que ser roubado é saber que está sendo roubado e não agir, é assim que o “homem omisso” procede, ele conhece seus direitos, mas permanece imóvel. Difícil é começar, mas há uma solução.

O “homem revoltado” é consciente de seus direitos e preza pela coletividade. Na verdade, o dinheiro e o patrimônio público têm dono sim, eles são de todos e por todos devem ser utilizados em perfeitas condições de uso. Para ter conhecimento dos seus direitos é preciso estar atento à Constituição Federal e lutar se houver algumas atitudes incoerentes com o documento. Alguns utilizam a omissão da maioria dos brasileiros para o seu favorecimento e isso precisa acabar, com a luta de um para posteriormente um levante popular.

Basta dar o primeiro passo, levantar a voz, gritar por justiça, fazer valer os direitos e deveres presentes na Constituição, para o bem-estar do cidadão, para uma melhor nação.

domingo, 24 de outubro de 2010

À resistência

..........O Brasil é doente. Foi-se o tempo em que ele "ficava", o emaranhado de problemas e a quantidade de coisas erradas que acontece a cada dia e a cada ano que passa fez desse país um país enfermo.
..........Esse escrito é para os poucos que ainda se preocupam com a gravidade dessa doença que assola os 4 cantos do país. O Brasil não precisa só de remédio, não precisa apenas da cura. O Brasil precisa de cuidados permanentes, ou seja, planejamento. Esse é o país do imediatismo e isso precisa acabar. Planejamento na educação, na segurança, na saúde, na política... política essa sempre mal falada (e com razão) porque não há por parte dos candidatos um interesse em pensar o país – Nem mesmo os eleitores se interessam. E isso precisa acabar.
..........A todos que não aceitam a idéia de que “o país não tem jeito”, convido-os a resistir. Não caiam na apatia (ou saiam dela), lutem por uma melhora, por um planejamento de um Brasil há muito tempo descuidado. O brasileiro precisa sair da morbidez que aliena e vicia e levantar a voz para mudar, não só a si mesmo, mas os outros a sua volta.
..........É de extrema importância a manutenção do pensamento revolucionário, do pensamento inovador, do pensamento para causar mudança, mas uma mudança consciente, de forma que se possa planejar um Brasil diferente, não mais reparos, não mais remédios, mas sim a construção de um país novo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Voa pra longe..

Uma vez ouvi de um passarinho a notícia de que as árvores estavam deixando a cidade, e ele me pediu para fazer algo, e aqui estou,mesmo não sendo muita coisa, meu caro, fazendo o possível para disseminar esta mensagem.

É triste, numa cidade como Salvador, áreas verdes seculares estão desaparecendo a cada dia que passa e o que fica em seu lugar é um cinza-progresso, um cinza-cimento, um cinza-destruição. O primeiro ponto a ser pensado é na importância que o verde tem em nossas vidas, é ele que areja, dá sombra e que faz chover nas cidades cada vez mais quentes, escaldantes e secas. Realmente, já não é mais empolgante olhar pela janela. O ritmo das construções é tão acelerado e preocupante que há uma grande quantidade de pessoas – centenas, milhares – empilhadas em cubículos (apartamentos), que alguns insistem em chamar de residência.

O segundo ponto a ser pensado são os impactos ambientais gerados pelo desmatamento e pela destruição das áreas verdes dentro das cidades. O pouco que resta da Mata Atlântica – a exemplo de Salvador – hoje é destruído para se levantar mais prédios e mais condomínios de luxo. Os impactos ambientais são graves, desequilíbrio da fauna (animais invadem as áreas residenciais), diminuição na quantidade de chuvas, ilhas de calor (elevação da temperatura em áreas específicas), entre outros.

É de extrema importância estar a par dos danos que sofre hoje o meio ambiente e agir para impedir que outros apareçam e/ou se agravem. Dependemos da natureza e dela temos que cuidar, antes que seja tarde demais.


Para Adriana Medeiros

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A sociedade dos valores mortos

... .....A estrutura social que rege as diretrizes da cultura ocidental atualmente enfrenta valores contraditórios. Enquanto cresce a interdependência de setores de sua composição, exigentes do ideal coletivo, observa-se a tendência do comportamento individualista do ser humano a prevalecer em suas decisões.
..........A corrupção é um clássico exemplo em que o direcionamento das atitudes humanas se rende à fraqueza do benefício próprio. Em suas múltiplas formas de ocorrência, sua raiz está num problema de ordem ética. E é esta mesma a que carece de valores sociais pelos corruptos. A postura eticamente correta é quem mobiliza uma parcela a se indignar por tais atitudes e a lutar para corrigí-las.
..........Correções incomodam, talvez mais que o erro, e este seja assim o motivo da acomodação de uma grande maioria que agindo seria capaz de frear a folga com que corrompe-se a minoria. Não sabe ela, em estado de tamanha fragilidade e desarticulação, de suas possibilidades. Está ocupada demais com problemas do contexto indivdual para tentar compreendê-las.
..........E a compreensão, dor de cabeça dos que a descobrem, é uma percepção que não se esgota. Quando o homem se deixa procurá-la incessantemente, torna-a um fato existencial e não demora a desencadear outro, de mesma ordem, quando cria a necessidade de transformar a realidade compreendida. Eis a sua luta.
..........Homens que se descobrem ávidos por lutar engajam-se em causas nem tão propriamente suas, mas de um grupo que se identifica com a mesma necessidade, que sente o mesmo incômodo, indivíduos que se enxergam como parte de um corpo social, um homem movido pela repulsa à injustiça.
..........A educação dos novos homens tem o dever de preocupar-se com a formação de valores que lhe permitam quebrar a comum indiferença para com a luta alheia, um mal que atinja indiretamente aos que não sofrem a própria ação injusta. Quando os homens forem irmãos na luta, formarão enfim uma sociedade em que todos busquem a evolução dos seus valores, mantendo ativos aqueles essenciais, intrínsecos ao seu próprio conceito, coletivo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Uma perigosa inversão histórica

7 de setembro, feriado. Uma folgazinha numa semana de trabalho para alguns, para outros, uma oportunidade para viajar, se divertir, esquecer dos compromissos e relaxar. Cuidado, esse dia foi um marco importante na história do nosso páis. Cheio de glórias, o pomposo Imperador decretou a nossa independência. Será?

Ao longo dos anos, a história do nosso país foi escrita pelas mãos de uns poucos poderosos, uns poucos com interesse em modificar a verdade a seu favor. De uma colonização ao acaso até uma democracia recém nascida, passando por um estupro étnico sofrido pelos índios e escravos, 3 séculos de escravidão “às claras”, e uns resquícios disfarçados, o “entreguismo” econômico durante o século XX, e finalmente, o regime militar. Todos esses acontecimentos históricos foram alterados/modificados com o passar do tempo. Eu prego criticidade.

Novamente, 7 de setembro. Não é um dia qualquer, é um dia de reflexão. Refletir sobre o verdadeiro significado desse dia é necessário. Não houve grito do Ipiranga, não houve independência de fato, houve mais um conchavo da elite, e o nascimento de uma economia já em dívidas. A economia mudou pra pior, mas a política continuou a mesma, e será que hoje podemos nos considerar independentes? Não, dificilmente não. Depois de anos ainda nos segue o ranço da colonização que tanto explorou e tanto usurpou dessa terra.

Portanto, termino essa mensagem dizendo que é preciso revisar os conceitos e perceber que alguns deles podem ter sido influenciados por essa minoria que tenta ao máximo esconder a verdade para o seu privilégio. Viva à um 7 de setembro crítico e consciente.



Independência ou morte?

Desde 1822 até 2010, 188 anos de prisão, sim, prisão e manipulação da grande massa alienada. Precisa-se urgentemente de liberdade e independência, liberdade de pensamento, liberdade religiosa, liberdade sexual, liberdade racial, liberdade da liberdade.

Não tem como viver em sociedade sem liberdade, um estado de direito TEM que ser livre e independente, entretanto a política nos aprisiona com suas ideologias de coligações opostas, as televisões com seus oligopólios nos mantêm refém de suas programações, classes sociais oprimem outras ditando tendências.

Somente os que não conseguem pensar por si só precisam de alguém pra dizer como e quem pensar, então por que não temos a liberdade de pensar agir por nós mesmos? Por que somos tratados como adolescentes menores? Por que não podemos decidir por nós mesmos? Certo que muitos não sabem nem o que produz com sua mão-de-obra, mas com uma reformulação da conscientização dos que não são alienados, podemos mudar e viver em plena liberdade de direito.

CHEGA DE TUTORES, chega de obedecer a ordens, já que somos tratados como adolescentes, vamos fazer que nem eles quando querem mais independência e liberdade, vamos agir com REBELDIA. Vamos fazer a REVOLUÇÃO que nos dará a independência de verdade, somos dependentes porque NUNCA na história desse país houve uma revolta pela independência.

Entre essa falsa independência em que vivemos ou a morte, me unirei aos outros que não vivem mais entre nós.


Por Danilo Sobral

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Manutenção de um revolucionário

....... Quando alguém desperta e se descobre um revolucionário, passa a sentir a necessidade de crítica e mudança para justificar sua própria existência.
........É assumido um compromisso coletivo, mas que só tem valia depois de ser um compromisso próprio. Tomar consciência de um revolucionário por um dia acontece sempre, por aí, após uma palestra, uma sacada com a observação de algo aparentemente banal, ou um calo no sapato insistente a qualquer passo.
.......Isso transforma sua postura diante das situações, e quando da freqüência destas sensações, com palavras e atuações, se passa enfim a transmitir uma essência revolucionária. Algo que ganha outro sentido quando compartilhado por mais pessoas da convivência. Um revolucionário é o que pensa, e ele pensa conserto, adequação, mudança que não se faz tão somente só.
.......Mas a vida é tão dinâmica. A fugacidade do tempo tenta roubar momentos pensantes, vão se organizando as prioridades para as idéias que povoam a mente. A individualização das prioridades desarticula a sintonia entre pessoas ditas idealistas de revoluções. O estacionamento é possível, como também a regressão.
.......A mente que saiu de alguma forma de alienação pode sim, voltar a se perder por caminhos diversos. Mas uma vez tido seu momento de revelação, tudo passa a acontecer de forma mais consciente e então, mesmo fingindo a cegueira, lá no fim está ela, a culpa.
.......Toda inteligência carrega consigo um peso de responsabilidade. E a do revolucionário seria aquela de estar sempre pronto à luta, de estar sempre atento ao olhar crítico do que acontece em volta. Sempre mesmo?
.......Existe uma carga a se assumir quando se quer incorporar qualquer ideal de revolução para toda a sua vida. Geralmente as transformações que almejamos exige uma dedicação inteira. E o homem na sua totalidade, carrega consigo suas fraquezas.
........Portanto, acredito que um revolucionário não tem férias, por assim dizer. Mas pode, e é saudável ,  que passe por momentos hiatos em que não se sente produtivo, anda com os bois, respira o sistema que é seu próprio objeto de crítica.
........É É justamente uma angústia que percebe em si com tal vivência que o busca e traz de volta à luta. Com suas parcelas de constrangimento pela ausência. Por não crer na própria mudança e dificultar a esperança da transformação coletiva.
.........São palavras de uma revolucionária sufocada por dilemas, largada diante da luta. Que só poderia voltar a produzir depois de um desabafo que lhe abriria novamente as cordas do ringue. Estas nunca devem estar abaixadas para uma volta.
.........Que este texto sirva de motivação. Nunca é tarde. Não desistamos da luta!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Comovente

Saudações, hoje irei contar o que aconteceu a algumas noites atrás...

Era noite e eu assistia propaganda eleitoral, sim, aquela que a maioria das pessoas não pode nem ouvir falar, pois bem, eu assisto. Refletindo durante alguns minutos, parei e perguntei-me: Até quando será esse o modelo da propaganda partidária? Até quando sofreremos bombardeios nas ruas com cartazes, panfletos, adesivos, carros de som, bandeiras? Até quando o horário político na televisão só vai nos mostrar musiquinhas e imagens bonitas? Chorei. Perguntei-me novamente: Por que um partido ganha 5 minutos e o outro 30 segundos para se apresentar? Por que o dinheiro tem tanta influência? Todos deveriam ter igual direito, igual tempo para apresentar suas "propostas".



Eu quero as pessoas tomando consciência da gravidade da situação
Eu quero mais projetos ao invés de ilusão.
Eu quero sinceridade.
Eu quero mudança de verdade.

Isso me faz lembrar de uma música dos titãs chamada Vossa Excelência

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Precisa-se de um herói

Caminhando, caminhando e caminhando. A cada 200 metros encontro um revolucionário. Não é ruim, pelo contrário, é muito bom. O que me faz refletir é que são poucos, muito poucos, quase escondidos, todos envoltos por uma multidão de iguais.

A ditadura da cultura (quando digo cultura, refiro-me aos modelos impostos de moda, de fala, e até de comportamento), praticada principalmente pelos meios de comunicação, cria um exército de alienados. Aqueles que pensam diferente, que tem uma opinião contrária, interesses contrários, são simplesmente esmagados, excluídos. Esse é um fato indiscutível e está presente principalmente no meio dos jovens.

Apresentarei uma saída. Uma saída para aqueles que não se enquadram nos modelos impostos por uma sociedade tão "superficial".

Para mudar esse panorama, é imprescindível uma firme e permanente organização daqueles que pretendem revolucionar. Para resistir é preciso ousar e ultrapassar os muros impostos. Atrevo-me a dizer que a luta isolada não adiantará em absolutamente nada; devo lembrar a importância do movimento estudantil, que exerceu papel de tamanha importância em tempos outros e hoje vai mal das pernas, fraco, desorganizado, esquecido.

A morbidez deve acabar. A inércia deve acabar. A paciência deve acabar. Levante e lute! A crítica vai para aqueles que estão sempre à espera de um herói, alguém que erga uma bandeira e diga: Unir-vos, ó minoria esclarecida. Estabelecer um foco e ter uma liderança é importante, mas não se deve permanecer eternamente à espera de um salvador, aquele que irá salvar a todos do estúpido padrão social que nos cerca.

Ratifico, a mudança vem inicialmente de cada um, para depois se espalhar (organizadamente) e desfazer esse manto de ignorância que muitos teimam em carregar.



Agadecimentos à Adriana Medeiros e Isabela Santos

terça-feira, 3 de agosto de 2010

É chegada a hora.

--------Depois do texto redigido pelo nosso colega Arthur, vem aqui outro texto falando sobre eleições; não sobre os gastos astronômicos dos candidatos, mas sim dessa grande oportunidade que teremos no domingo do mês de outubro que é a de mudar nosso país.
--------Pode parecer clichê, mas nosso voto faz a diferença, basta analisarmos com cuidado os candidatos e suas propostas, ainda mais agora com a nova lei da ficha limpa, que impede que candidatos com problemas na justiça se candidatem. A nossa justiça eleitoral vem se provando eficaz no período eleitoral e nos ajudando a votar com consciência, entretanto, para que ela se torne eficaz também em outros assuntos e que nossa cidade possa realmente ter seus problemas sanados precisamos fazer a nossa parte e votar pensando no que seria melhor pro bem comum.
--------Então, com todas essas facilidades, com tanta experiência errada de anos anteriores, é chegada a hora de mudar o que não se fez eficiente e acompanhar os efeitos das novas escolhas. O futuro do nosso país, do nosso estado e da nossa região, depende agora de você e da soma dos outros votos da população, por isso acompanhe os debates e discuta com as pessoas ao seu redor as propostas de cada candidato.


Danilo Sobral

domingo, 25 de julho de 2010

Mudança

..........Às vezes temos dúvidas. Sim, por que não? Até os grandes têm dúvidas. Percebi que eu estava a me perguntar se era mesmo impossível mudar tudo isso. Mas por que não? Em toda a história se vê uma tomada de consciência e mudança do contexto, seja econômico ou social, é sim possível !
..........É preciso estar atento, ninguém disse que será fácil. O ponto de partida é a tomada de consciência, chega dessa indiferença, chega desse egoísmo, é preciso olhar para o outro. A reflexão e a mudança de si mesmo é o primeiro passo para transformar essa sociedade em que vivemos, vamos acabar com a hipocrisia de querer tirar todos os governantes, querer que toda a população mude as suas atitudes, se você não muda as suas.
..........Foi durante uma conversa em que eu tentava expor esse meu ponto de vista em que me ocorreu a ideia de fazer essa postagem. Decidi por um vídeo que fala sobre isso. Para ver a letra da musica clique aqui



Agradecimentos a Felipe Teles

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eleições

...........Falar das eleições de 2010 é falar de velhas raposas e alguns novos (ou não) coelhos que aparecem no cenário político da Bahia. A história é sempre a mesma, "do jeito que está não dá mais", "eu prometo isso" e "eu prometo aquilo", frases que todo cidadão (seja baiano, seja de outros estados) já conhecem. A verdade é que, apesar dos inúmeros debates, comícios, propagandas, críticas e até ofensas dirigidas uns aos outros, o quadro social e econômico baiano permanece inerte.
...........Existe uma distância enorme entre o "prometer" e o "fazer". O que é dito no horário eleitoral (ainda é possível salvar alguns projetos em meio ao "bate boca") não é cumprido pelos candidatos eleitos e a população permanece apática, sem cobrar o que a elas lhe foi prometido. É feito o que se bem entende depois de eleito, enquanto a educação cai aos pedaços e os hospitais gritam socorro, os governantes se transformam depois que estão no poder.
...........Dentre os candidatos está o atual governador Jaques Wagner (PT) que estimou gastar em sua campanha 26 milhões de reais, duas vezes mais que em 2006. Geddel Vieira Lima(PMDB), ex-ministro estimou gastar 30 milhões. O ex-governador Paulo Souto (DEM) declarou ao TRE uma estimativa de 20 milhões. O deputado federal Luís Bassuma estimou em 5 milhões. Os candidatos do PSOL, PCB e PSTU, Marcos Mendes, Sandro Santa Bárbara e Carlos Nascimento declararam 200 mil, 300 mil e 50 mil, respectivamente.
...........De acordo com a Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e campanhas eleitorais, resumidamente pode ser feito pela iniciativa privada ou pelo poder público, o primeiro todos nós sabemos onde isso vai parar, financiamento em troca de futuros cargos (corrupção e REDA), e o segundo? de onde você acha que vem esse dinheiro? Do bolso das velhas raposas eu garanto que não sai.
...........Enquanto os partidos menos expressivos lutam para ganhar espaço no cenário político baiano, a briga pela cadeira de governador é decidia entre 3 raposas (muito espertas por sinal), PT, PMDB e DEM. E nós mortais sempre a espera de uma mudança...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Cultura, conhecer para escolher.

..........A segregação entre cultura popular, clássica e moderna hoje é evidentemente ligada à condição financeira. A acessibilidade ao que se considera cult é limitada, o que cria barreiras contextuais entre os grupos. O que se vê são pessoas cada vez mais fechadas entre semelhantes, quando se deveria expandir a noção de diversidade cultural de cada um.
..........Nada mais justo à vida do que beber de todas as fontes para incorporar o que faz a sua própria essência. Nada mais injusto que limitar o conhecimento cultural ao indivíduo, ditar o que pode ou não ser acessível à ele, e desta forma moldar sua cultura por imposições de mercado.
..........Quanto mais rico culturalmente, mais universal e compreensivo diante do diferente se pode ser. A maioria das pessoas fundamentalistas têm poder de visão limitado culturalmente, e acaba por agir com falta de respeito ao outro. Aí está a doença do mundo. A falta de percepção que nos impede de compreender o comportamento diferente, nos impede de respeitá-lo.
..........A consequência da monopolização de parte cultural pelo mercado é a padronização de gostos com a cultura de massa. Produtos culturais são pensados industrialmente para atender aos lucros de empresas dominantes. E como a cultura é o que rege o comportamento humano, torna-se a maior arma de direcionamento do modo de pensar e viver no mundo.
...........Por isso é tão importante filtrar o que nos impulsiona a agir como o fazemos. E entender que interesses existem por trás de cada informação que nos é tão acessível e de cada dificuldade imposta ao pensamento livre de suas influências.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Como diria Raul...

............Pelos quatro cantos do território brasileiro via-se uma cena bastante comum, milhares de brasileiros em suas casas gritando, torcendo, vibrando pela Seleção Brasileira. O país parou. Mas, e a gente com isso, Bial?

............O estardalhaço da mídia é um velho conhecido. Há pouco mais de um mês, os principais meios de vinculação da informação foram dominados por essa "febre" de Copa do Mundo. Jornais, revistas, televisão e internet só falam disso. Será que enquanto escutávamos "Vai Kaká, salva esse país!", a pobreza diminuía? Ou será que a fome deixou de existir? Ou será que as disputas por terras, o preconceitos em suas diversas formas simplesmente sumiram? E ainda mais, a saúde e a educação viraram excelência num piscar de olhos? Eu acho que não. Enquanto Galvão Bueno e sua voz sublime voz locutavam o jogo do Brasil, nenhuma das mazelas do país deixou de existir.

...........Estou cansado de toda essa manipulação, de toda essa afronta à minha criticidade. A invasão de programas alienantes às casas dos brasileiros é constante durante todo o ano. Novelas que não dão oportunidade para questionar o sistema, telejornais influenciados por uma minoria rica, Big Brothers que servem como propaganda, e "Copas do Mundo" que servem para distrair a grande parte da população. A forma com que os brasileiros lidam com o nacionalismo é totalmente superficial. Será possível que 2000 anos depois de roma, políticas de pão e circo ainda funcionam? É duro acreditar.

...........O fato que a mídia domina a mente das pessoas é indiscutível. A sociedade atual merecia ser chamada de Sociedade do torpor, enquanto todos gritávamos gol, a Coreia do Norte, Estado e não seleção, ameça ser o estopim para uma guerra e nas eleições que acontecerão ainda esse ano, correm um dossiê e muitas propagandas partidárias ilegais. E na hora do jogo... foi "O dia em que a Terra parou" como diria Raul, o povo parou, o Brasil parou, menos a interessada mídia e seus donos.

domingo, 13 de junho de 2010

Um sorriso brilhante

............Apesar de pequenas diferenças étnicas, políticas, econômicas, filosóficas e religiosas, os homens são todos iguais. São homens, que possuem um mesmo ancestral em comum. Mas, o que dá o direito a alguém a explorar o outro? E como outros legitimam essa exploração? O comportamento se mostra determinante nessa resposta.
...........A sociedade atual é cega. O egoísmo e a hipocrisia transformaram o comportamento das pessoas. A individualidade está cada vez mais presente, não só nos adultos, mas nos jovens educados pela mídia, esses que aprendem a não respeitar a coletividade e o outro. A hipocrisia, mais tarde, se revela na indiferença com que é tratada a situação de calamidade em que se encontra “o outro”. Esse “outro” é o índio, o preto e o branco. Esse outro é o outro, sem nenhuma raça, ou vínculo. Por esse Brasil a fora, dos poucos índios que restam, são quase todos aculturados, violentados, mortos, ignorados, espremidos em minúsculas reservas. O preto quilombola, que após dois séculos de fim de escravidão, ainda não sabe o que é a liberdade, o acesso, nem direitos, o preto da capital, chutado para as favelas, o preto nas ruas, marginalizado. O branco também pobre, o branco também favelado e marginalizado. O mestiço, o mestiço sem identidade, o mestiço perdido nos sertões, nas florestas de árvore e de pedra, todos frutos de um estupro etnológico, todos esses da periferia, todos esses explorados, todos esses...homens.
............Mas, todos esses sem cultura, sem religião, sem dinheiro, sem nada, são todos homens, O branco favelado e o branco executivo são homens. O preto porteiro e o preto pelé são homens, são todos homens de carne e de osso, todos tem capacidade cognitiva, todos tem sentimentos. Os dois ficam doentes, os dois morrem, os dois tem saúde, os dois sorriem. Talvez a única diferença entre os dois seja o sorriso, não em sua forma, mas sim no motivo, apesar de humilhados, explorados e marginalizados, estes homens sofridos sabem ser felizes com o pouco que tem, diferentemente do sorriso forçado, o sorriso-executivo, o sorriso-propaganda política, o sorriso-burguês. Talvez um pouco torto, ou sem alguns dentes, mas admirável são essas pessoas que conseguem demonstrar um sorriso brilhante, um sorriso verdadeiro apesar de toda a dificuldade imposta por estes poucos que formam a sociedade cega, egoísta e hipócrita.