segunda-feira, 13 de junho de 2011

A menina e o velho

.......Em uma dessas voltas que eu dô pela cidade me deparei com uma figura, uma mulher, uma menina. Não lembro como tudo começou, mas transparente como sou, quando percebi já estava a criticar a pobre coitada (risos).
.......Eu sei que a conversa rendeu, em algum momento o assunto foi parar em SALÁRIO (ah, e como eu poderia falar disso pra ela), dizendo ela, queria ganhar muito pra poder comprar um maldito objeto de 800 Euros, um salto se não me engano. Como assim? 800 Euros? E ela dizia "eu sei que é um absurdo, mas tem toda uma história...", mas na minha cabeça dura nada daquilo fazia sentido.
........O que mais me surpreendeu foi que ela sabia que aquilo só tinha aquele preço por ter uma maldita marca, mas fazer o que, a deixava feliz - depois de refletir sobre aquela conversa estava assustado, pensando em toda aquela futilidade e compulsividade - e então eu disse a ela o quão legal seria se com um salário enorme ela comprasse um simples sapato/tênis/salto (seja o que for) de 50, 100, 200 reais e ainda poder comprar mais 50 ou 100 pares para aqueles que andam descalço
.......Bom, isso foi só um pouco do que ali foi discutido, mas a ideia aqui é promover uma reflexão, eu realmente não consigo entender essa relação entre o conceito de felicidade e o ato de comprar, isso é tudo.

2 comentários:

  1. Interessante o texto Arthur.
    As vezes a gente tem essa oportunidade de se deparar com alguém, mesmo desconhecida, e durante uma pequena conversa surgir uma grande discussão.
    Coincidentemente, a pouco tempo uma professora da matéria de redação falou sobre essa relação entre consumo e felicidade, ela distribui alguns textos e pediu pro pessoal fazer uma redação.Vou falar um pouco da ideia que fiz.

    Então, eu abordei sobre a sociedade moderna que é tomada por esse desejo de consumir, e esse consumismo acaba alimentando a felicidade do indivíduo (que foi exatamente o que você colocou no texto). Ae que vem os meios de comunicação, com as propagandas. Uma pessoa que é alienada por isso, acaba encontrando a felicidade em uma simples mercadoria, até o ponto que surge um novo produto, gerando assim um ciclo vicioso.Uma pessoa que deixa de lado a sua essência, os verdadeiros prazeres que a vida oferece, em troca de um produto de última moda, acaba esquecendo o verdadeiro sentido da vida e preso na sua própria "felicidade".
    Não podemos esquecer também que nessa sociedade o "ter" tomou completamente o lugar do "ser".

    Gostei do blog Arthur !
    abraços primo.

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  2. Gostei muito das suas ideias, existe um vídeo de um grupo ambientalista chamado "A história das coisas" que aborda o consumo e a degradação do meio ambiente pelas grandes empresas que controlam totalmente o poder público, isso é um absurdo.

    Obrigado pelos elogios
    abraço

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