quarta-feira, 29 de junho de 2011

A história única

.......O vídeo base dessa postagem é um vídeo que vi numa aula de IES (Introdução a Educação Superior - uma matéria que eu diria ser importante para quem está entrando na Universidade) e que hoje um amigo comentou sobre ele.
.......Na época em que vi o vídeo, lembro que gerou uma certa repercussão na sala de aula, claro, é um assunto interessantíssimo, mas eu me calei. Talvez tenha sido uma falha minha, admito. A seguir vocês verão o vídeo e um breve comentário e explicação do por que disso tudo.




.......Não pretendo me alongar muito, a ideia aqui é focar em uma definição que a palestrante (será que é esse o termo?) faz: A história única como originadora do estereótipo. Para os que não sabem eu sou sou baiano, nascido no interior e resido hoje em Brasília (apenas alguns meses). Onde quero chegar?

.......Nessa aula de IES onde poderia ter contado vários casos que já presenciei e comentários que ouvi sobre diversas histórias únicas, no pouco que eu disse lembro de ter pronunciado a frase "o estereótipo decorre do desconhecimento", por isso gostei tanto do vídeo, me fez refletir.

.......A verdade é que durante a aula eu pensei demais nos comentários dos outros alunos e acabei por falar muito pouco. Eram palavras, apenas palavras. A maioria deles reproduzia o que era aprendido nos meios de comunicação, na escolinha etc, ou seja, desconhecimento.

.......Usando a frase da palestrante "The single story creates stereotypes, and the problem with stereotypes is not that they are untrue, but that they are incomplete. They make one story became the only story" e agora pergunto: quantas vezes você acha que eu já ouvi comentários de que "todo baiano é preguiçoso" ou "baiano só vive em festa, carnaval", esses são alguns exemplos que eu já ouvi, já senti, já me irritei. Um dos piores foi "Baiano, me ensina a dançar axé..." e completou "Vê se eu sei dançar capoeira direito" e a minha resposta (resumida) foi: Só por que eu sou baiano você acha que eu como acarajé todo dia, vivo no carnaval, sei dançar axé e pratico capoeira? Pode me chamar de grosso, mas não tenho pudor nenhum em responder um comentário desse.

.......Porém, só por que sou baiano quer dizer que estou livre da influência da história única? ERRADO, e foi aí que mais uma vez esse vídeo me fez pensar bastante. A palestrante fala dos Mexicanos e imaginamos logo imigrantes, fala da África e lembramos da pobreza. Quantas vezes já não pensamos que no norte do Brasil só existe índio e mata? Ou que no Nordeste só existe seca?

.......Fica aberto o espaço para a reflexão de outras histórias únicas e como elas são formadas (que foi explicado pela palestrante) e lembro que é preciso ter cuidado com o que se fala e o que mostrado por aí, a aceitação de qualquer história é um veneno e deve ser evitada por todos.


Segue o link do vídeo legendado da parte 1 e 2 para quem tiver dificuldade http://www.youtube.com/watch?v=O6mbjTEsD58 , http://www.youtube.com/watch?v=SZuJ5O0p1Nc&feature=related

Paz.

2 comentários:

  1. Acredito que a força da reflexão esteja em calar-se por alguns momentos. Creio que a "quebra" de estereótipos seja princípio para toda base de uma revolução. Resumo meu pensamento assim.

    Um abraço brother.

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  2. Ae seu blog e muito bom o tem como você me ajudar acabei de começar um blog tem como seguir la ou ajudar do jeito que der!!http://revolucionebr.blogspot.com.br/

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